sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Feliz Natal

A todos, um Feliz Natal com muita paz, saúde, harmonia e Fusca. 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Kombi Safari - Estepe frontal

Por Marcos Machado
Esta é a Karmann Mobil Safari (o nome Kombi não consta nos documentos) que também é conhecida como Kombi Safari, Kombi Karmann-Ghia, Kombi trailer ou Kombi Motorhome.
 O estepe usa pneu 185 R14 e roda 5x112 com offste (ET) 39. Estes dados precisam ser considerados na fabricação do suporte. Se o diâmetro final do conjunto roda + pneu  for diferente ou se a roda tiver um offset muito diferente, o suporte precisará ser diferente.
 É preciso tirar a calota com um saca-calotas ou uma alavanca qualquer para ter acesso aos parafusos de fixação.
 O suporte não tem uma tranca incorporada. Eu uso uma tranca de bicicleta bike-Lane da Papaiz. As marcas Pacri e Pado oferecem trancas semelhantes. Os tamanho dos furos da roda não permitem o uso de uma tranca mais grossa. Um U-locker pode ser utilizado, dependendo da espessura. Mas manter o "U" no lugar para efetuar o travamento pode ser complicado. Voltando a observar a foto anterior, é fácil notar que seria possível fazer uma tranca/trava central no suporte, porém ficaria oculta pela calota.
 Roda retirada, chave de fenda, calota e tranca de bicicleta.
 Carro visto sem o estepe.
 O suporte tem três furos e usa os mesmos parafusos das rodas para segurar o estepe. Como são parafusos e não porcas, fica difícil usar uma porca anti-furto.
 Suporte visto de frente. É composto por duas folhas de aço dobradas, a vertical em forma de "J", a lateral em forma de "U". Notem os borrachões nas laterais, assim como a "mancha" e os pontos de atrito da roda na lataria.
 Suporte visto de ângulo superior.
Borrachão usado para escorar o pneu. A fita prata foi colocada por mim para evitar corrosão.
 Visão lateral esquerda...
 ...Visão lateral direita.
 O suporte ladeia o símbolo VW da Kombi 85. Modelos mais novos ou mais antigos podem ter este símbolo em tamanho maior. O suporte é fixado por parafuso e revestimento isolante nos dois pontos laterais. Supondo que exista uma porca soldada por dentro da chapa, mas não tive como fotografar.
 Na parte de cima, o estepe é arrebitado, com dois rebites maiores e três menores. O ideal seria usar parafusos, para permitir a retirada do suporte, se for o caso.
 Medida do ponto de fixação (dobra da folha) na lataria: 4 cm (na foto está um pouco menor, mas o padrão das outras é 4cm).
 Medida da projeção à frente da folha vertical: 13 cm.
 Altura da parte frontal da folha vertical: 22 cm. Comprimento total da folha sem dobras: 22+13+4: 39 cm.
 Na lateral, o suporte é fixado por parafuso. Medida da dobra da folha no ponto de fixação lateral: 4 cm.
Medida da projeção à frente da parte lateral: 13,5 cm (medida errada, o certo seriam 13 cm).
 Por causa da medida errada, o funileiro da Karmann Ghia-BR teve que entortar a folha lateral para ela encontrar a superior.
 A parte lateral tem 18 cm. Essa medida é menor do que a largura da parte interna da roda. A seu gosto, de acordo com a roda, ela pode ser mais larga.
 A distância na base é de 19 cm, essa é a que deve ser considerada. Comprimento total da folha lateral: 19+ 13+4= 36 cm.
 Note o amassado em volta do suporte de borracha. Isso pode ocorrer quando um carro vai estacionar na vaga à sua frente e, ao dar marcha ré, encosta no estepe. Ou seja, não é preciso muita força para amassar.
 Sujeira: note o acumulo de água nos vincos da lataria, por trás do estepe. É preciso isolar este ponto contra corrosão, uma fita prata, que vai ficar oculta pelo estepe, pode resolver. Mas é bom verificar o local regularmente, por exemplo, sempre que for lavar o carro.
 Trinca na lataria, mais ou menos na metade da frente do carro, provocada por colisão leve com o estepe.
 Trinca do lado esquerdo provocada por colisão leve com o estepe.
  Note as trincas abaixo do suporte e junto à fita prateada inferior. O amassado entre as duas trincas já existia, mas quando um caminhão deu ré para estacionar na vaga em frente e bateu "de leve" no estepe, as trincas surgiram. Note também o risco na pintura causado pelo atrito com a roda do estepe.
Visão interna do suporte. Porcas soldadas para prender os parafusos.
 Distância entre os furos para fixação dos borrachões: 52 cm.
 Distância entre o furo do borrachão e a metade da frente do carro: 26 cm.
 Altura do furo de fixação da folha lateral em relação ao suporte do para-choque: entre 29 cm e
30 cm.
 Altura do furo de fixação da folha vertical em relação ao suporte do para-choque: 50 cm.
Pneu apoiado no para-choque para ser recolocado no suporte. Note o desencontro entre os furos da roda e os do suporte. Solução: a) adotar disposição inversa, usando parafusos soldados no suporte e porcas para prender o pneu (mas, neste caso, o suporte vazio poderia representar ameaça aos pedestres), b) soldar de um a três pinos guias pequenos e de ponta arredondada na parte central do suporte. 
 Pneu apoiado no para-choque, seguro pela tranca de bicicleta.
 No roça-roça para acertar o buraco, o borrachão soltou.
 O borrachão é fixado por parafuso de cabeça Philips.
Colocando o borrachão de volta. O parafuso é comprido.
 Roda fixada, note pelo furo que o suporte é mais estreito do que a roda.
 Esse pedaço de borracha deve ser usado para evitar o contado do estepe com a lataria na parte superior.
 Roda fixada, distância da grade e do emblema (morcequinho) da Karmann-Ghia.
No modelo original alemão que inspirou a Safari,  o pára-choque era projetado à frente, de forma a servir como suporte do estepe, que ficava em posição mais baixa que na Safari, como para servir de degrau de acesso ao bagageiro. Na Karmann Touring,modelo idêntico a este feito no Brasil, não existia a capa de proteção do estepe.
A capa de estepe "fake" da inglesa Danbury Motorcaravans criada para a Kombi 1.4 refrigerada à água. É uma caixa fechada com furinhos na frente para passagem do ar.
Suporte e caixa de estepe reais da inglesa Danbury Motorcaravans
Kombinet da brasileira Victória Motorhomes ouTrailer Victória Motor Homes. A empresa é uma das poucas com CAT* para modificar a Kombi. Vejam que o estepe está fixado na tampa, não sendo necessário bascular o suporte como ocorre na inglesa. Porém, nota-se que é um pneu menor, apenas para fins de emergência. Esta é uma versão atualizada da clássica VW Transporter Westfalia, da empresa alemã de mesmo nome. O modelo foi lançado também no Brasil, pela própria VW, porém na forma de kit, produzido por outra empresa, recebendo o modelo o nome de Kombi Camping.
Fabricante  de trailers e motorhomes localizada em Joinville-SC, a Victoria resolveu apostar na Kombi como uma porta de entrada para o segmento do caravanismo, apesar da provável saída de linha do modelo em 2014. 
Eles modificam Kombis novas ou usadas para ficar semelhante a Westfalia, voltada para o camping. A inspiração surgiu quando descobriram que a  Danbury Motorcaravan, continuava oferecendo a modificação naquele país. 
Entre as modificações básicas feitas pela Victoria, entram sofá que vira cama, teto retrátil que sobe para maior altura interna e para permitir uma segunda cama de casal, geladeira, fogão, sanitário químico, armários, ducha de água, toldo externo. 
O valor base da modificação (sem o veículo) está em R$ 30 mil e eles têm planos de financiamento. 
Blog da empresa com videos e muitas fotos externas e internas da Kombinet: http://victoriamotorhomes.blogspot.com.br/p/kombinet-motor-home-popular.html
Fanpages da Victoria no FB: 
Ah, a empresa está fabricando um trailer chamado Toy, com materiais leves, que pode ser rebocado por Fusca, Brasília, ou por carros 1.0. 

*Sobre CAT x CSV

CAT: Certificado de Atendimento à Legislação de trânsito
CSV - Certificado de Segurança Veicular

O proprietário de uma Kombi que desejar instalar este suporte ou fazer quaisquer outras modificações na carroceria do veículos, se quiser estar dentro da lei, vai precisar de um desses dois documentos, a depender do ano de fabricação do veículo. 

A questão é regulada pelas resolução 291 e 292 do Contran:http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm

Os veículos fabricados até 07/05/2002 precisam apenas do CSV, os fabricados posteriormente precisam do CSV e do CAT. 

Para obter o CSV basta levar a uma empresa acreditada pelo Inmetro para realização de uma vistoria depois da modificação ser efetuada, isso abre a possibilidade de você mesmo fabricar e instalar seu suporte. Já se o CAT for necessário, as coisas ficam mais complicadas. Este documento é obtido por empresas que fazem modificações em veículos ou fabricantes de implementos rodoviários. E para cada modelo é preciso um CAT diferente. Como obter um CAT junto ao poder público é um processo caro e burocrático, foram poucas as empresas que se interessaram por obter o o CAT da Kombi. Só ouvi falar de duas. Uma é a Rontan, de SP, mas o modelo nem consta em sua página web. A outra é a Victoria Motorhomes, de Joinville/SC, que transforma qualquer Kombi em Kombinet, uma versão para camping, com lotação para três ocupantes.

Já para um suporte instalado na traseira, talvez seja possível, friso o talvez, dispensar o CSV e o CAT, evocando a resolução 349 (http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm) que trata do transporte de carga eventual ou bicicletas. Nesse caso, não seria exigido nem CSV nem CAT.  O problema é que o estepe pode não ser considerado carga eventual pela autoridade e/ou agente de trânsito. Embora a resolução 349 não estabeleça exigências, uma medida cautelosa seria seguir o que consta na resolução 197, sobre engates, no que tange aos fabricantes autorizados e à plaquetas de identificação. 

Bem, é isso, espero ter ajudado o Fusca Classic e Puma Classic, blogs cujas informações também me ajudaram muito.
Abraços,
Marcos Machado - Rio de Janeiro/RJ
VW/Karmann Mobil Safari 404 - 85/86