João, um engenheiro mecânico que fez pós-graduação nos Estados Unidos, começou seu estágio na GM americana, de onde trouxe a tecnologia da fibra de vidro. Chegando de volta ao Brasil montou em 1958 a Moplast - Modelagem de Plásticos. Em 1966, seu primeiro veículo na Macan, já era polêmico, numa época em que os grandalhões eram donos do pedaço.
O projeto não foi avante, mas Gurgel não desistiu e começa a fabricação do seu primeiro jipinho, inicialmente chamado de Gurgel 1200, logo seria conhecido por Ipanema.
Com algumas mudanças, em 1969 o jipinho tem a conotação de bug, um jovem veículo.
Assumindo a identidade que geraria muitos projetos, o Gurgel agora era realmente um jipe.
Em 1974, Gurgel apresenta seu inovador modelo movido à eletricidade: Itaipu Elétrico. A gama de produtos fabricado pela Gurgel, não parava de crescer, em 1979, seu catálogo mostrava diversos modelos e versões para atender várias faixas de mercado.
Um grande sucesso de vendas aqui no Brasil e exportado para 50 países do mundo, o X-12 foi o carro chefe da Gurgel, e até hoje é disputado por admiradores e colecionadores.
Nas fotos atuais abaixo, existem Gurgel restaurados...
...e muitos ainda estão em serviço.
Na onda dos mini-carros de luxo, o XEF sacudiu o mercado, mas seu preço foi o vilão.
Para fugir da limitada mecânica VW a ar, o Eng. Gurgel projetou o Carajás, um SUV, com mecânica da Kombi diesel na dianteira e cambio na traseira, mais uma das genialidades de João Gurgel. A foto é do catalogo de 1986.
E assim Gurgel não parou de inventar e criar, sempre com projetos ousados e singulares.
O sonho do carro urbano ainda não tinha morrido. Somado ao sonho do primeiro automóvel inteiramente brasileiro, Gurgel projeto o CENA, que receberia o nome de BR-800. Junto vieram seus derivados, como o singular Motomachine.
Foto pick-up Marcos Vieira de Almeida
E assim, por motivos que prefiro não discutir, perdemos um homem de valor e uma grande marca da indústria brasileira: GURGEL.
2 comentários:
Infelizmente, mais um Heroi brasileiro que se vai, não tendo seu valor e importância reconhecidos.
Um homem que conseguiu fabricar perto de 40 000 carros, não poderá nunca ser chamado de aventureiro.
Só nos resta lamentar sua perda, e pedir a Deus que lhe dê o merecido descanso.
Nosso preston thomas tucker, claro que nao tucker de um so carro, mas de mais de 40.000. um guerreiro nato. pena que nao tive o prazer de conhece lo pessoalmente. Boa viagem Gurgel, boa viagem. Vá dirigindo um Carajás, é mais seguro.
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