segunda-feira, 23 de março de 2009

Daily Drive

'A palavra "daily drive" é uma expressão inglesa utilizada para veículos de uso diário, quando você tem um carro para o trabalho e laser. É quando se entra em uma rua qualquer e se vê um veículo antigo, todo gasto pelo tempo e logo se vai atrás do dono para fazer aquela pergunta tradicional: Quer vender? E foi o que aconteceu comigo quando vi este VW Oval Window parado em frente a um depósito de material para construção. O dono que é o senhor que aparece ao lado do carro na primeira foto, que gentilmente me explicou que era o seu carro de uso diário e não desejava vendê-lo no momento. Agora observe as adaptações rudimentares que ele fez nas setas dianteiras e traseiras. Tanto o painel quanto o volante estilo "asa de morcego" por causa de seu formato peculiar, denuncia que o mais provável período de fabricação é de 1954 a 1956 até o numero de chassi 1-0929746. O acessório de época marca Motomether, que era um conjunto de três relógios em substituição a grade de autofalante encontrado no painel deste carro, também pode ser considerado raro e muito difícil encontrar nos atuais dias. Dario Faria'

5 comentários:

Anônimo disse...

Putz... uma raridade e pelas fotos tá fácil para deixa-lo 100% original. Ass.: Anônimo

Buriti disse...

Creio que por baixo da carroceria original muita coisa foi trocada.
Observando as rodas e bitolas com certeza já trocou o canhão dianteiro, pois está usando rodas modernas de 4 furos.
Provavelmente o motor e caixa de câmbio devem ser modernos, o sistema de freio idem, pelo menos alguma coisa parecida até pré-77(freios de circuito cruzado).
A carroceria parece bem íntegra, aparentemente sem ferrugem nos quadros das vigias dianteira e traseira, mas provavelmente o assoalho deve ter sido no mínimo parcialmente recuperado.
Para voltar a ser totalmente original daria trabalho demais, talvez um bom hot, mas de qualquer forma é legal ver um fusca tão antigo chgear aos dias de hoje sendo usado normalmente

Felipe Nicoliello disse...

Buriti,
O Fusca 55 aí de cima do cabeçario do blog, eu comprei em 1977 em um estado bem pior que esse. Hoje ele está hot de época, pq meu filho assim o quis, dei o carro para ele.
Tudo é uma questão de prazer em fazer, claro que o montante de dinheiro é maior qdo faltam as peças, restaurar é mais barato que comprar.

Buriti disse...

Concordo Felipe, e pego pelo meu carro, um Fusca 75, já comprei ele meio caido, um carro sem valor de coleção, ainda mais no estado que estava
Apesar de pertencido a um único dono, judiaram demais dele, passou pelas mãos de toda a família e depois que ninguém mais o quis, colocaram a venda.
O assoalho estava bem podre assim como as caixas de ar, que já não eram originais, o motor estava bem gasto no fixo, apesar das bronzinas originais, usaram o coitado até o talo, tanto é que na retífica ele foi para +1 de virabrequim.
Troquei todo o fundo do carro, fiz o motor, forração, coloquei bancos de Gol (mais confortáveis, é meu carro de uso no dia-a-dia), um volante Panther (de época, mas personalizado com o logo VW).
Viajei com ele até Salvador e voltei, numa boa, volta e meia vou para Minas), outro dia fiz um bate-e-volta aí perto de SP, ou seja o carro é pau pra toda a obra e ainda encara o dia a dia de buracos das ruas do Rio de Janeiro, tem que ser forte viu?
O carro até que está bonitinho, dentro do que um Daily User pode ser, volta e meia até aparece um incauto querendo comprá-lo, mas não vendo não, é meu carro de uso, quando tiver dinheiro pra ter um carro mais moderno o fusquinha vai ser o meu xodó de final de semana, deixar ele nos trinques.
Mas o que impressiona mesmo é ver como esses carrinhos nunca acabam, a gente vai sempre recuperando, reformando e ele continua andando como se não houvesse amanhã.

Felipe Nicoliello disse...

Buriti,
Conheço bem a história, pq vivi uma parecida. Em 1978 comprei meu terceiro Fusca, um sedan 1959, extremamente original, com lanterninhas pequenas. Já que o 55 estava uma lástima e o 62 não saía da oficina. Como era meu carro de uso diário, eu rodava 130 km por dia em 1979, pois ia para a faculdade, depois deixava minha namorada, hoje esposa, na USP e vinha trabalhar, depois ir para casa. E assim foi por longos 3 anos, que nas horas de folga, fazia viagens para Guaíra interior de SP, terra natal de minha esposa. Apenas uma vez fiquei na rua por culpa de fio descascado que entrou em curto. E olha que o Fusca já tinha maioridade, 21 anos, só foi parar, e ainda funcionando, definitivamente em 1986. E lá está ainda, na fila de espera da restauração, junto com o 54 e o Brasília 81, que mais parece fila do INSS, não anda.
Também tinha essa impressão, parecia que nunca haveria o amanhã, eu cansei antes do Fusca. Cansei pela minha cidade SP, que não deixa os velhinhos andarem na sua marcha.